Post do Leitor: Por dentro da cabine de projeção

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Nota do Jotacê:

Apresentamos neste Post do Leitor um vídeo produzido pelo nosso amigo Ricardo Sócio (que já “apareceu” aqui pelo BJC outras vezes). Aparentemente o material não tem relação direta com o tema do site. Mas acredito que por ser um trabalho tão bem feito, merece ser assitido por todos que gostam de cinema (até para entender um pouco mais dos formatos de tela em home video).
Aproveitem essa oportunidade, são 40 minutos que vocês vão ganhar, com toda certeza!

por Ricardo Sócio

Desde que montei o “Canal do Sócio” no YouTube, sempre quis fazer uma matéria na cabine de projeção. A maioria das pessoas nunca teve e nunca terá oportunidade de visitar um “booth” e saber como tudo funciona. O vídeo seria útil a esses entusiastas.

Eu queria fazê-lo e tinha que ser logo, antes que os projetores de 35 milímetros sumissem de vez.

Depois de alguma negociação, a gerente local da rede Moviecom topou e me autorizou a gravar na cabine, entrevistando o projecionista. Marcamos a data e lá fomos eu e um amigo que operaria a câmera enquanto eu apresentaria o vídeo. Fomos bem recebidos e o simpático José, migrante cearense que trabalha no cinema há quatorze anos, fez questão de nos mostrar tudo dentro da cabine.

Ficamos lá durante nada menos do que quatro horas!

No vídeo, vemos que num cinema multiplex, um único projecionista consegue sozinho várias sessões ao mesmo tempo. E ainda tem tempo pra dar entrevista a um bisbilhoteiro como eu.

Mostrou-me as famosas lentes anamórficas, as janelas ou “placas” de abertura, o projetor digital, seu servidor da Dolby e o drive em que eles recebem os filmes. Uma das coisas mais legais foi usar a mesa de montagem. É nela que se monta a seqüência de trailers que aparecerão em uma sessão, bem como se juntam todos os seis, sete ou oito rolos de filme em um único carretel. Pude não apenas mostrar o processo, mas também fazê-lo eu mesmo.

Muito interessante foi poder mostrar, em uma única tacada, tanto projetores de película quanto um projetor digital. E não qualquer um: é um projetor 3-D. E um “senhor” projetor.

Aos leitores que se interessam pelo cinema, não apenas enquanto arte, mas também como ciência e tecnologia, sugiro que, se um dia tiverem oportunidade, visitem uma cabine de projeção.
E da próxima vez que você for ao cinema e o filme ficar fora de foco, lembre-se de que talvez haja algum “repórter” fajuto atrapalhando o pobre operador lá na cabine.

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