SteelBooks no Brasil | Estamos vivendo um sonho antigo

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1957

Você, amigo colecionador, que começou há pouco tempo sua coleção, que já até se familiarizou com essas capinhas metálicas, lindas, geladinhas, padronizadas, lambíveis (eu sei que você, aí no escuro do seu quarto, já lambeu uma só pra sentir o geladinho) e que as vezes vem com artes lindíssimas, e as vezes vem esse com umas coisas meio indefensáveis, talvez não conheça o mercado brasileiro de alguns anos atrás. Começando o texto assim, até parece que o mercado brasileiro de home vídeo é maravilhoso, né? A gente sabe que não é, e sabemos também que nos anos que se passaram, tivemos seus altos e baixos (quantas vezes iniciamos boicotes por aqui, não é?)

Teve até JOTACAST especial pra falar de boicote

(quem é da época de termos Jotacast, deixa um emoji totalmente aleatório aí nos comentários)

Esse lindão aqui é da época que imaginar algo assim por aqui era só um sonho distante.
Esse lindão aqui é da época que imaginar algo assim por aqui era só um sonho distante.

Vamos voltar um pouco no tempo, e lembrar daquela que costumamos considerar como a “era de ouro” do movimento colecionístico brasileiro:

Nos anos de 2010 e 2011 tivemos, talvez, a melhor época para se colecionar aqui no Brasil. Isso não significa que o mercado brasileiro era bom. Na verdade, ele sempre foi meio parecido com o que é hoje (edições básicas caras pra caralho super caras e, de vez em quando, umas promoções e surtos pra gente pegar o máximo de edições que pudesse, tendo também uma ou outra edição um pouco diferente do que estávamos acostumados). A diferença, nessa época, é que a Amazon não cobrava o imposto antecipado e o dólar não chegava a dois golpinhos, então era uma mão na roda (expressões do tempo da minha vó? Vai ter sim!) pra gente poder importar edições bonitas, SteelBooks, e até edições normais (até porque né… era tudo muito mais barato!).

Veio a alta do dólar, veio o imposto antecipado, veio o 7×1 e não veio (obvio) a melhora do nosso mercado de home vídeo.

E porque estamos falando disso? Só pra fazer a galera chorar e lembrar (ou conhecer, se estivermos falando do pessoal que começou há pouco tempo) de uma época boa?

Sim. Também por isso. Mas, mais do que isso, pra celebrar um pouquinho algo que a gente já vem pedindo, sofrendo, chorando, implorando, faz muito tempo.

Se você é relativamente novo por aqui, SE LIGA na entrevista do o BJC fez  com o Eduardo Figueroa, gerente de marketing da Scanavo, empresa responsável pelos suculentos SteelBooks.

Isso foi no começo de 2012. Pois é, DOISMILEDOZE!

Essa entrevista foi nessa época, mas as reivindicações datam de 1970 (tá, porra, claro que não é esse ano, foi só pra dar uma moral pras reinvindicações mesmo).

Pois é, querido amiguinho. A gente sofre e pede por isso faz muito tempo. Por exemplo, lá em 2013 tomamos um susto quando apareceu nosso primeiro SteelBook (Velozes e Furiosos 6. Não dava pra não começar com uma franquia tão excelente assim o.O)

E o que a gente pensou? Bom, pensamos “AGORA VAI” (eu, particularmente, pensei: tá errado isso aí! Mandaram errado, algum vagabundo trouxe uma edição só e largou lá no meio da livraria, e outro espertinho precificou e vendeu).

Eu estava errado! Todos estávamos, infelizmente!

Eles chegaram! Eles estão entre nós! Chegaram com calma, e começaram a pegar um pouco mais de embalo!

Esse foi um dos meus primeiros SteelBooks lançados por aqui. Qual foi o seu?
Esse foi um dos meus primeiros SteelBooks lançados por aqui. Qual foi o seu?

Trago agora esse texto pra comentar, também, sobre o aumento do valor dos SteelBooks no Brasil. Estamos “acostumados” a pagar R$99,90, e os caras perceberam o óbvio: vende pra cacete isso aqui. Tem um mercado gigantesco. Ou não. Se a gente parar pra pensar, vínhamos pagando um preço até “estranho” por aqui. Faça a conversão com lançamentos americanos, por exemplo, e veja que basicamente pagávamos a mesma coisa de fora. Ótimo, né? Sim. Mas sabemos que não é assim que a coisa funciona (mesmo que a Warner esteja mantendo o patamar de R$99,90 em seus títulos recentes).

Pra concluir o desabafo: pelo menos eles estão (mesmo que timidamente) por aí!

Se quiser varrer alguns SteelBooks que o Brasil
ainda não teve o privilégio de trazer, vai lá:

STEELBOOK NA RAINHA

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