Dúvidas sobre imagem granulada em blu ray

[ingsoc]

Agora chega. Se a discussão continuar nesse rumo de palavrões, ofensas e sarcasmo, serei obrigado a dar um jeito. Já removi várias mensagens do tipo e não quero que isso continue.

Estão todos avisados, principalmente quem tá querendo ver o circo pegar fogo.

[viniciusjf]

Muito obrigado pela explicação sobre o EE.

[Bill]

Muito obrigado pela explicação sobre o EE.

De nada. Ainda bem que você conseguiu encontrar a informação que queria no meio das trolladas espalhadas pelo tópico.

[Danieljr]

Que imagem fraca é aquela de Mercenários 2? A edição nacional esta muito fraca, com granulação em excesso, e borrões em alguns momentos, quando em meio a fumaça/névoa em determinados momentos está inferior a um bom DVD.Nesta edição a granulação desagradável é resultado de quê?

[Bill]

Nesta edição a granulação desagradável é resultado de quê?

Melhor seria dizer "artefatos de compressão" mesmo. E a resposta óbvia: "Imagem Filmes".

[Wiz]

ah, eu sei lá,eu não sou técnico e nem sempre assisto filmes olhando para o lado técnico, mas acredito que um DNRzinho aqui e outro ali não faz mal, muito pelo contrário, até ajuda. Pra mim, eu achei que a imagem de Jurassic Park não está de todo mal, poderia ser melhor para um filme de 1900 e bolinha? Pode até ser mas a imagem tá boa.

Eu acho que o DNR aplicando em de volta para o futuro ajudou a imagem ficar bem superior ao dvd.

Tá Miramax, entendemos. Mas vc consegue mudar a Universal? Você consegue mudar a cabeça dos executivos? é esse que temos para o momento, tem alguma coisa que podemos fazer? Não comprar, Não assistir, até que apareça uma cópia perfeita?
Vamos às ruas protestar para mudar a visão dos executivos da Universal?

Romualdo,

a aplicação de manipulações digitais sempre tem colaterais (especialmente o emprego de ferramentas automatizadas como faz a Universal).

Jurassic Park não é um filme de '1900 e bolinha' e sim um filme da década de 90, já no final desse século e certamente poderia ficar muito melhor dado os inúmeros exemplos de filmes mais antigos e com qualidade superior. Além disso, não foi a aplicação de DNR que fez o BD do De Volta para o Futuro ficar melhor que o DVD, mas sim a maior resolução e menor compressão do blu-ray.

Veja que o intuito da análise e do debate técnico não é rotular o que cada um deve comprar ou deixar de comprar, isso tem caráter subjetivo e depende de diversas outras coisas, mas sim de promover a difusão de informações e de proporcionar a possibilidade de tomada de decisão mais esclarecida.

Além disso, ao contrário do que vc sugere no seu post sugere, muitos filmes tiveram relançamentos corrigidos e diversos outros tiveram sua produção modificada por conta do input do público dos fóruns internacionais, feeback por e-mail, facebook e outras interações diretas com profissionais dos estúdios. Ou seja, o consumidor/aficionado deve manifestar seu descontentamento, buscando formas variadas de se fazer isso, pois de fato elas surgem efeito.

No caso de distribuidoras menores, essa influência é ainda mais direta e efetiva. Executivos de labels como Arrow, Shout Factory, Twilight Time participam ativamente de fóruns e, durante certo tempo, até da Sony e Microsoft tinham executivos e outros produtores participantes .

Veja exemplos de alguns BDs de filmes famosos, entre outros tantos, que foram relançados ou preventivamente corrigidos antes do lançamento: Gladiator, The Fifh Element, Lawrence Of Arabia, The Terminator, Aliens, True Lies, The Abyss (esses 2 últimos para o próximo ano)

Inclusive, digo que eu já tive participação direta em duas importantes decisões da Sony. Ao sugerir algumas questões a um executivo da área de home video do estúdio em uma conversa privada no AVS, ele então decidiu fazer alguns polls no fórum para embasar a decisão. Os resultados foram determinantes e corroboraram as minhas sugestões.

A primeira e mais simples foi a não utilização do 'dialog normalization' nas trilhas HD do estúdio, esse recurso é desnecessário em mídias pré-gravadas e altera os níveis sonoros originais da trilha de áudio. Entretanto, por ser algo default nos encoders da Dolby, ninguém simplesmente se importava em desligar. Isso mostra como nem sempre as pessoas (ou os 'técnicos') responsáveis pela preparação das edições em home vídeo entendem bem do que estão fazendo.

A outra foi utilização do recurso de 'seamless branching' para a inclusão de múltiplos cortes do filme em um único disco, oferecendo assim um diferencial nos releases do estúdio e principalmente não alienando e não enfurecendo os consumidores com ausência dos cortes originais. Para quem já acompanhava, em 2006, ano de lançamento do BD, a Sony estava inundando o mercado com edições estendidas em DVD : Tears Of The Sun, xXx, Replacement Killers, Donnie Brasco entre outros tantos.

Para explicar melhor, o movimento de edições sem cortes começou basicamente em LD, se tratando de filmes censurados pelos estúdios ou que tiveram uma pós-produção tumultuada em que surgiram divergências de edição entre os executivos e os diretores. Isso levou o surgimento de lendárias versões sem cortes ou edições do Diretor (dada o relativo nicho do mercado de LD) que, por conta do sucesso do DVD, atingiu tal destaque junto ao grande público (leigo) nesse período, que alguns estúdio como a Sony começaram a aproveitar esse frisson para lançar tudo quanto é filme em edição estendida ou unrated. Boa parte delas era meramente isso, cortes estendidos montadas por técnicos do próprio estúdio com cenas que foram excluídas propositadamente (subtramas desnecessárias ou que quebravam o ritmo do fime) e não propriamente cortes do diretor. Essa questão chegou a 'contaminar' algumas das primeiras edições em BD do estúdio. Mas a partir de 2007 e motivados por esse fato que contei, a dinâmica mudou e a Sony passou a lançar praticamente todos seus BDs de filmes que possuem oficialmente mais de um corte com seamless-branching. Para citar alguns, temos: Spider-man 2, Close Encounters Of The Third Kind, Year One, You Don't Mess With The Zohan, Step Brothers, Pineapple Express, Terminator Salvation, Angels & Demons, Eat Pray Love, Salt, The Other Guys, Bad Teacher, Total Recall.

ps: para os que tem interesse, abri um tópico no sub-fórum de blu-rays importados para debater a série "Mastered in 4k da Sony".

[fabiano.sl]

Wiz bom dia. Você tem ums baita bagagem técnica e alguns dos termos usados a grande maioria do fórum desconhece. Você trabalha na área pra alguma produtora ou algo do gênero? Ou é por puro hobby?

Tô gostando de ler seus posts e assim aprender alguma coisa.

Abraços.

[Wiz]

Olá Fabiano,

muito obrigado pela gentileza e reconhecimento nos comentários.

O que de fato motiva a participar dos fóruns é a possibilidade de ajudar a elevar o debate promovendo a difusão de informações (como havia comentado em uma mensagem anterior).

Caso se perca em algum detalhe técnico que não encontrou esclarecimento, fique a vontade para perguntar.

A propósito, hj a tarde devo continuar com mais algumas avaliações e comparativos no tópico 4k.

Abs!

[bluhd]

Wiz, kde os master que não chegam de Robocop, e Rambo com imagem excelente, pq assisti Rambo 1, uma verdadeira enganação, com resolução de DVD.

[Arthur-Otaku]

Wiz, kde os master que não chegam de Robocop, e Rambo com imagem excelente, pq assisti Rambo 1, uma verdadeira enganação, com resolução de DVD.

O rambo já teve re-remasterização lá fora, mas aí relançaram aqui com a mesma imagem de antes, sabe como é né

Robocop só ano q vém qdo sair o novo

[Wiz]

Como já disse o Arthur, meu palpite é que uma nova edição do Robocop deve sair ano que vem para capitalizar com o remake (assim como ocorreu com Total Recall).

Acrescentando em relação à série Rambo, mesmo a edição remasterizada é extremamente problemática. A questão é que os filmes são distribuídos por dois dos piores estúdios em se tratando de catálogo: Lionsgate nos EUA e Universal/Studio Canal no restante do mundo.

Fabiano,

tinha me esquecido de responder parte do seu post. Apesar de esporadicamente ter contato com membros da indústria, não trabalho profissionalmente na área. Mas pra mim isso é mais que um hobby, é uma grande paixão mesmo

[viniciusjf]

A Lionsgate é tensa mesmo, filmes porcos e mal distribuídos, e o catálogo deles é excepcional.

[viniciusjf]

Nossa, acabei de testar o Blade Runner, que qualidade!

[Romualdo]

Nossa, acabei de testar o Blade Runner, que qualidade!

boa ou ruim?

[viniciusjf]

Boa claro.

[Urublu-Ray]

Remover a granulação é ESTUPRAR a obra original. Caso semelhante acontece com muitos CDs remasterizados, como o catálogo do Genesis, remasterizado em 94 com DNR IGNORANTE! O "tape hiss", análogo à granulação em termos de imagem, se vai, assim como muito do áudio original. É remover informação, e nenhuma informação do vídeo ou áudio original deve ser removida.
Que tal dar uma garibada na Monalisa então?

[bernardo_arg]

Você tocou num ponto importante, o áudio! As técnicas de gravação da época tem de ser respeitadas.

Um exemplo que me lembrei agora é o Blu-ray de Cinderella, da Disney. Mexeram tanto no áudio que ficou parecendo um mp3 de 64 kbps.

[Simmons]

Achei interessante um tópico antigo do fórum (http://bjc.uol.com.br/forum/blu-rays-na ... a-t19.html) com informações sobre a granulação em filmes. Ok, entendi a explicação. Mas mesmo sabendo que estes filmes são granulados por natureza, eu não sou obrigado a gostar.

Principalmente para ver em TVs com telas grandes (que estão cada vez maiores), eu prefiro assistir às versões restauradas digitalmente dos filmes. Seja Titanic (1997), Predator (1987) Blade Runner (1982), Breakfast at Tiffany's (1961), The Ten Commandments (1956) ou The Wizard of Oz (1939).

Pouco me importa com que material era produzida a película que foi utilizada nos filmes e explicações do tipo "era o que existia na época". Hoje existe tecnologia para eliminar a granulação digitalmente e transformá-los em algo "novo", de forma que a experiência de assistir ao filme - curtindo o enredo, o elenco e suas interpretações, etc. - não seja comprometida pela "sujeira visual".

Faço a seguinte analogia: não é porque antigamente se escrevia com pena e nanquim (sempre acompanhados do indispensável mata-borrão) que eu vou querer ler os manuscritos de uma obra literária daquela época - por mais talentoso que tenha sido o calígrafo. Preferirei "absorver" o conteúdo do texto a partir de uma reprodução devidamente atualizada, em um formato mais "palatável" aos meus sentidos.

Na minha opinião, mofo e bolor ou, neste caso, granulação e chiado são para os arqueólogos e historiadores.

E para aqueles que consideram um sacrilégio imperdoável este tipo de pensamento, imagino que todos tenham Home Cinema particulares, com telas "de parede inteira" (com cortinas laterais) e projetores de filmes em rolo. Por quê? Ora, de que outra forma estes cinéfilos poderiam contemplar as obras cinematográficas respeitando as intenções dos cineastas que a produziram PARA O CINEMA. Especialmente, aquelas realizadas antes da invenção do aparelho televisor. Estes crentes não iriam querer queimar no mesmo fogo do inferno que os pagãos que assistem aos filmes em uma telinha...

[bernardo_arg]

"A técnica usada na captação das imagens (e sons) precisa ser respeitada, qualquer alteração nisso constitui uma MUTILAÇÃO da obra de arte. Desrespeitar uma estética que foi pensada daquela forma (sim, pois quem disse que toda película tem granulação visível?) demonstra ignorância profunda, pois granulação não é algo ultrapassado, tampouco tem a ver com o filme ser novo ou antigo.

Quem pensa assim deveria buscar entender mais sobre a Arte, ou então deslocar seu interesse para algo mais prosaico. Quem sabe colecionar outras coisas, tampinhas de garrafa, bitucas de cigarro... Livros fartos sobre estética cinematográfica estão aí prontinhos para serem lidos. Granulação é uma opção estética, meu caro. Realmente, você não é obrigado a gostar, mas por favor não fique falando besteira, pega mal pra você.

Por favor, tratem o Cinema como obra de arte e menos como uma mera mercadoria que precisa ser adaptada a novos tempos. Uma obra de arte é um documento de uma época. Vamos passar todos os documentos históricos para Word e queimá-los.

Enfim, não vou me estender nisso. Todos esses tópicos já foram discutidos exaustivamente e há um tópico para isso.

Outra coisa, o próprio nome do seu tópico não faz o menor sentido. Restauração digital não implica necessariamente em remover a granulação. Será que você quis dizer "Granulação ou DNR?" ?. Mais uma vez, estudo é necessário. Nem vou me dar ao trabalho de comentar a frase "granulação e chiado são para arqueólogos". Não dá pra esperar muito de alguém que não sabe a diferença entre uma opção estética intencional e um defeito/degradação/problema não intencional.

Moderação, favor excluir o tópico. Já existe um tópico para isso."

(Fim da mensagem)

Quanto à questão do Home Cinema, me abstenho. Isso é o mimimi típico de quem não sabe o que dizer.

[Simmons]

Hoje em dia é virtualmente impossível assistir aos filmes antigos no cinema, da forma como seus realizadores imaginaram que seria a experiência. Isto por si só acaba com qualquer pretensão de "puritanismo pela arte".

[bernardo_arg]

Você está confundindo experiência cinematográfica com estética! Uma coisa é diferente da outra.

Vamos então pintar outro vestido na Mona Lisa, para "atualizá-la". Eu falo de estética cinematográfica.

Não apresentei embasamento? Quando chegar em casa te mando uma bibliografia sobre estética cinematográfica. Não tenho aqui agora. E você, o que me apresenta de material teórico que suporte sua opinião?

[Urublu-Ray]

Um exemplo de como DNR estraga a imagem:

[Urublu-Ray]

[Costigan92]

Pra mim um dos maiores exemplos: DNR to Hell

[Simmons]

Imagino que a maioria das pessoas concorde que especialmente os artistas tenham um desejo inerente de atingir a perfeição.
Portanto não é exagero supor que os realizadores de produções cinematográficas tenham utilizado o que havia de melhor à sua disposição, dentro das limitações de seu orçamento e dos recursos tecnológicos da época.
Existe sim a tão falada "opção artística", mas, de maneira geral, não se escolhe produzir um filme com imagem ou som (ou mesmo cenários, figurinos, atores...) imperfeitos.
Eu duvido muito que - se John Ford ou Cecil B. DeMille ainda estivessem vivos e atuantes - optariam por se limitar aos recursos do tempo deles para produzir novos filmes nos dias de hoje.
Por isso eu acho que a restauração digital é, acima de tudo, um recurso para preservação da memória. E prefiro acreditar que certas "correções" (como no caso de Blade Runner) conseguem aproximar o resultado final da visão do realizador. Se não fosse por este trabalho, mais de metade da história do cinema estaria perdida pra sempre.

Eu não disse que todas as restaurações produzem resultados perfeitos. Nenhuma restauração, de coisa alguma, obtém um êxito de 100% perfeição. O que eu disse é que EU PREFIRO assistir aos filmes cuja granulação natural da película foi atenuada ou eliminada através de recursos de computação gráfica.

O que eu considero MUTILAÇÃO é o que o George Lucas fez com Star Wars e o Spielberg fez com E.T., mas mesmo assim é preciso respeitar a vontade deles. No caso de Star Wars, Lucas teria acrescentado detalhes que não teve "recursos" para criar quando a trilogia original foi feita. No caso de E.T., Spielberg "atualizou" o filme de acordo com seu conceito de politicamente correto.

Gosto é gosto e cada um tem o seu.