Para esta resenha, escolho um dos filmes que mais aprecio, se chama O ULTIMO IMPERADOR de Bernardo Bertolucci e vencedor de vários prêmios mundo afora, incluindo os Oscars de FILME, TRILHA SONORA, DIREÇÃO DE ARTE.
Eu particularmente tenho um carinho todo especial por esta obra de arte do cinema, tenho em DVD e Blu Ray, além de dois livros sobre o tema, ambos raríssimos hoje em dia.
Para esta resenha irei abordar o filme em formato Blu Ray lançado pela PARAGON multimídia, contestada distribuidora de filmes no pais por questões aqui fora de proposito para debates.
CAPA:
A arte de capa do filme não é das mais criativas, pois não consegue passar toda a nobreza e esplendor do filme, além da poluição visual ao colocarem opções de áudio com letras garrafais bem na frente, lamentável.
Capa da versão PARAGON
Se comparado a capa (ou cover art) das versões americana e da SPECTRA NOVA, outra distribuidora muito contestada, perceberão que neste aspecto, a versão da PARAGON perde de goleada, vejam a comparação:
Versão SPECTRA NOVA
Versão americana
INFORMAÇÕES E ESPECIFICAÇÕES DO FILME:
Passamos agora para a parte que mais interessa a nós amantes da sétima arte, as informações acerca do material do filme, vejamos:
Parte de tras da arte do filme
AUDIOPortuguês 5.1 DD
Português 2.0 DD
Inglês 2.0 DD
Espanhol 5.1 DD
Reparem que nenhuma das trilhas de áudio se encontra em True HD Master Áudio, ou seja, o máximo em recursos de áudio para este tipo de mídia, e o pior, inglês 2.0 sendo que Português e Espanhol tem 5.1 canais de áudio, sem desculpas.
Para comparar, a versão americana do mesmo tem áudio em formato DTS 2.0, bem ao nível desta que é uma das melhores distribuidoras de filmes do mundo.
OBS:: DD é a sigla para Dolby Digital.
VÍDEO
Formato: Widescreen
Aspecto de tela:2.20:1
Resolução: 1080p
Codificação de vídeo: MPEG4-AVC
Neste quesito, o disco se sai muito bem, a imagem tem seus granulados de forma bem equilibrada, o aspecto de tela é o mesmo da versão americana, assim como a sua codificação em MPEG4 AVC.
Um erro absurdo estampado na arte de capa do filme é a indicação de NTSC-PAL, o que demonstra ou o desconhecimento ou a preguiça por parte da distribuidora que ainda não entendeu bem as diferenças entre DVD e blu ray.
O curioso desta edição é que logo no inicio do filme podemos ver com absoluta clareza o logo da CRITERION saltando aos nossos olhos, o que comprova a replicação do material pela firma nacional.
Tal replicação é no mínimo suspeita se considerarmos o histórico de lançamentos da PARAGON nos últimos anos.
Achei umas imagens mostrando a taxa de amostragem do disco americano que chega a aproximadamente 40Mbps, mas não posso afirmar se é similar a versão aqui resenhada.
LEGENDAS
Português
Inglês
Espanhol
Neste quesito, o padrão e nada mais, as opções comuns em títulos do mercado brasileiro sem tirar nem por, sendo um formato absurdamente amplo para inserção de materiais extras e técnicos, bem que poderiam colocar legendas em outros idiomas, mas pelo visto o tratamento dado ao filme em blu ray no que diz respeito a áudio e legendas é muito similar ao feito em DVD com o mesmo filme.
REGIÃO
Livre, este titulo pode ser visto em qualquer aparelho de blu ray mundo afora, ponto para a PARAGON.
MATERIAL EXTRA
Bio filmografia
Posteres
Imagens
Trailer
Menu interativo
Nesta parte a coisa afunda de vez, chamar de extras menu e filmografia é no mínimo desrespeitar quem sabe o valor desta obra e da capacidade desta mídia, onde estão os documentários, making offs, entrevistas, versão da TV e demais mimos que um disco de 50GB permite?
Sobre o menu, esperava mais animações e interatividade entre a seleção de cenas e escolha de idiomas e legendas, mais parece um menu de DVD.
IMPRESSÃO DO DISCO
A impressão do disco fica na média, nem ruim e nem excelente, impressão fosca, com o nome do filme impresso em letras grandes e fora dos padrões da logo do filme.
PREMIAÇÕES
9 Oscars – Incluindo FILME, TRILHA SONORA, DIREÇÃO DE ARTE, FIGURINO E DIRETOR.
40 premois internacionais – Globo de Ouro, BAFTA, Academia Japonesa e César.
13 indicações incluindo Oscar, Globo de Ouro e demais premiações na Europa e Asia.
Como se vê, o filme arrebatou critica e publico por onde passou, num trabalho primoroso do diretor Bernardo Bertolucci e equipe, tendo em seu histórico algumas curiosidades tais:
- Foi o primeiro filme que recebeu autorização do governo chinês para filmar na Cidade Proibida.
- Ganhou os Oscars de todas as categorias as quais foi indicado.
- A versão original de O Último Imperador contém 224 minutos, sendo que a versão lançada nos Estados Unidos contém apenas 164 minutos. Anos mais tarde foi lançada uma versão sem cortes do filme, com sua duração original, sendo que a maior parte das cenas incluídas se referem ao período em que Pu Yi esteve em um campo de concentração chinês.
SINÓPSE
A saga de Pu Yi (John Lone), o último imperador coroado da China, que foi declarado com apenas três anos e viveu enclausurado na Cidade Proibida até ser deposto pelo governo revolucionário, enfrentando então o mundo pela primeira vez quando tinha 24 anos. Neste período se tornou um playboy, mas logo teria um papel político quando se tornou um pseudo-imperador da Manchúria, quando esta foi invadida pelo Japão. Aprisionado pelos soviéticos, foi devolvido à China como prisioneiro político em 1950. É exatamente neste período que o filme começa, mas logo retorna a 1908, o ano em que se tornou imperador.
CONCLUSÃO
Apesar dos tropeços técnicos, a aquisição desta edição vale pelo filme e sua grandiosidade, pois ver a inesquecível cena de Pu Yi descendo as escadarias da Cidade Proibida em alta definição é um colírio aos olhos e uma benção para os amantes da sétima arte, lamentável ver que o diretor Bernardo Bertulucci nunca mais emplacou outro filme a mesma altura desta joia do cinema.
TRAILER
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POLÊMICA IMAGEM DA CRITEROIN NOS BDS DA PARAGON[youtube][/youtube]
Fontes de pesquisa:
- Adorocinema
- Google imagens
- IMDB
- Youtube